Em pouco mais de um
ano minha vida mudou completamente, desde as melhores amigas até o meu
quarto. Aprendi algumas coisas da pior maneira possível. Sozinha. Mas, gosto de
pensar que o mal só existe para que possamos enxergar na hora certa o bem. E agora,
eu o vejo claramente ao meu redor.
Mas, nem tudo é tão fácil como parece. Quando
se sabe o que fazer, não tomar a decisão errada é ainda mais difícil. Porque
partir o coração bisbilhotando coisas nas redes sociais não é algo que uma
pessoa em sã consciência faria. É?
Acho que a gente tem um pouco disso. Aquela
vontade de cutucar a ferida, de saber se já cicatrizou ou ainda sangra. Ir ao
encontro da dor, pra saber se realmente sabemos o caminho de volta. E são
nessas, que a gente se perde. Que a gente machuca quem não merece sofrer de
novo.
Às vezes nosso
egoísmo fala mais alto, e na tentativa de descobrir de onde vem aquele aperto
constante no peito, deixamos coisas importantes em segundo plano. Pessoas
importantes. Sim. A vontade de contrariar e enganar o presente existe, trazer
de volta o passado por alguns instantes e fazê-lo futuro. Esta é a eterna
batalha que acontece dentro da gente. O tempo é o juiz. Que decide quem
sobrevive e quem morre. Em alguns casos, quem quase morre e quem quase sobrevive.
Lidar com tudo isso
pode ser uma tarefa complicada. A vida real não é como no contos de fadas. O
príncipe pode aparecer para simplesmente estragar tudo. Ou te salvar dos
dragões. Você pode amar os dragões mesmo eles sendo tão cruéis com você.
Percebe como é
complicado? Quanto mais a gente pensa sobre, menos a gente entende. Então
escolhi mentir pra não escolher. Pra aprender a esquecer, e sobreviver.