sábado, 22 de dezembro de 2012

In the old days I would sing



          Diário, 19/12/2012

  Como o Brasil sucks, é uma droga, com qualquer chuvinha acaba a energia. E hoje não foi exceção, acabou a luz aqui em casa.
  Então eu parei pra pensar; todo mundo reclama que não tem nada pra fazer sem energia: não dá pra ver TV, não dá pra usar o computador nem a internet. Mas e antigamente? Eles não tinham nada disso e viviam à luz de velas. Como eles se divertiam?
  As pessoas eram mais unidas, as famílias ficavam juntas, contavam histórias e conversavam. Cantavam, liam, se divertiam cada um do seu jeito. E talvez, antigamente eles fossem mais felizes. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

survive




Em pouco mais de um ano minha vida mudou completamente, desde as melhores amigas até o meu quarto. Aprendi algumas coisas da pior maneira possível. Sozinha. Mas, gosto de pensar que o mal só existe para que possamos enxergar na hora certa o bem. E agora, eu o vejo claramente ao meu redor.

 Mas, nem tudo é tão fácil como parece. Quando se sabe o que fazer, não tomar a decisão errada é ainda mais difícil. Porque partir o coração bisbilhotando coisas nas redes sociais não é algo que uma pessoa em sã consciência faria. É?

 Acho que a gente tem um pouco disso. Aquela vontade de cutucar a ferida, de saber se já cicatrizou ou ainda sangra. Ir ao encontro da dor, pra saber se realmente sabemos o caminho de volta. E são nessas, que a gente se perde. Que a gente machuca quem não merece sofrer de novo.

Às vezes nosso egoísmo fala mais alto, e na tentativa de descobrir de onde vem aquele aperto constante no peito, deixamos coisas importantes em segundo plano. Pessoas importantes. Sim. A vontade de contrariar e enganar o presente existe, trazer de volta o passado por alguns instantes e fazê-lo futuro. Esta é a eterna batalha que acontece dentro da gente. O tempo é o juiz. Que decide quem sobrevive e quem morre. Em alguns casos, quem quase morre e quem quase sobrevive.

Lidar com tudo isso pode ser uma tarefa complicada. A vida real não é como no contos de fadas. O príncipe pode aparecer para simplesmente estragar tudo. Ou te salvar dos dragões. Você pode amar os dragões mesmo eles sendo tão cruéis com você.

Percebe como é complicado? Quanto mais a gente pensa sobre, menos a gente entende. Então escolhi mentir pra não escolher. Pra aprender a esquecer, e sobreviver.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sweet Fifteen



  Respira fundo. Fecha os olhos. Chegou o dia, o tão esperado dia. Você olha para trás e vê tudo o que passou. A primeira amizade de verdade, a primeira merda que você fez, a primeira vez que se decepcionou. Você olha as pessoas à sua volta, sorri para cada uma delas. Pensa no que cada um já te fez, bom ou ruim. Tudo te fez crescer e te fez ser quem você é hoje.
  Há aquelas pessoas que você pode contar pra tudo, até para fazer planos "mirabolantes". Há aquelas pessoas com quem você compartilha boas risadas, boas palhaçadas. Aquele amigo que você confia todos os seus segredos, e que te ajuda sempre. Aquela amiga que você acaba se distanciando, mas nunca se afastou de verdade, Aquela pessoa que você vê todo dia, mas que nunca se cansa de verdade. Aqueles amigos que você ama, e que faria qualquer coisa pra eles.
  E aí você olha um pouco mais a frente, para o futuro. O futuro é nebuloso, mas você tem certeza que quer passar muitos e muitos anos junto dessas pessoas. Porque elas se tornaram mais que amigos, se tornaram irmãos.
  Abre os olhos, e faz um pedido. Assopra as velas. Por favor, que nada mude, está perfeito do jeito que está.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

the 6 EX-tages


1- “Nunca mais amarei ninguém na minha vida.” A primeira sensação quando se acaba algo que você jurou ser eterno, é a de que você nunca mais encontrará outra pessoa. Você está num estado emocional tão bom quanto Maria do Bairro. Querendo se matar, chorando o dia inteiro, e andando pela casa mais mal vestida que sua vó de 90 anos, gritando para todos, desde seu pai a parede do corredor: “Por que? Por queeeeee?”

 2- “A culpa foi dele(a)…” É quando você começa então a pensar no que realmente levou ao fim. No quão boa você foi, em como você sofreu nas mãos daquele ingrato, em tudo que você abriu mão, e no que se esforçou para estar com ele. E óbvio, tudo influenciará para o que você já tem certeza: A culpa foi dele. 

3- “Quem?” Você não quer ouvir o nome dele nem de longe. Não sabe, não quer saber e tem raiva de quem sabe qualquer coisa sobre a pessoa que você quer mais distancia possível. E pode ter certeza que é exatamente nessa fase em que sua vizinha, sua prima, sua irmã, enfim, todo mundo irá vê na rua, na faculdade, no trabalho, no mercado, e adivinhem só para quem irão comentar isso? 
- Vi o Fulano hoje na rua. 
- Foda-se! 

4- “Estou ótima sem ele. Ó-TI-MA!” Chega o dia em que você tira o caderninho de telefone da gaveta e começa a ligar para todas aquelas amigas que você sabe que estarão solteiras. Combina baladas, viagens, saidinhas, tudo para demonstrar que você fica muito melhor sem aquele mala do seu ex. Beija aquele primo da tia da sua vó, vira amiga íntima da tequileira, fica bêbada, trêbada, passa mal e acaba na portaria da casa do seu ex cantando aos berros os maiores sucessos do Só Pra Contrariar. 

5- “Ás vezes bate uma saudade… Mas só ás vezes!” Você começa a sentir falta do que você tinha diariamente. De alguém te ligando todas as noites, da companhia mesmo que insuportável, das brigas, das viadagens, da atenção, enfim, dele. Mas é óbvio ululante que nem em mil anos você irá admitir isso. Bote então a culpa na tal da carência. 

6- “Ele nunca me amou.” O cara começa a viver a vida dele. Sai com outras, não te procura, se considera mais solteiro do que nunca, e lá no fundo, você sente aquela dorzinha de cotovelo. Porque ele não te procura mais? Como ele pode ter te esquecido assim tão rápido? Será que ele ainda pensa em você? Ele ta feliz assim? Mais feliz do que antes? Aii… Só pode ser uma coisa: Ele nunca te amou mesmo… 

Até que um dia: Pufffff, você desencana.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Seu passatempo




Você entrou na minha vida
e fez tudo melhor.
Eu tive minhas melhores lembranças com você.
Mas aí tudo mudou.
A gente se afastou.
No início, eu achava que era normal.
Aí eu percebi que tinha alguma coisa errada.
Você me ignorou, e eu fui juntando as peças.
Era tudo um truque.
Você me encantou.
Depois me fez te amar.
E então você estava brincando comigo.
Aí você se cansou, e então me deixou.
E deixou junto os cacos do meu coração.
Agora, eu tenho que construí-lo sozinha.
É claro que você se esqueceu de mim.
E já foi para outra.
Afinal eu era só seu brinquedo.
Será que esse era seu passatempo?
Quebrar corações?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

viva la vida


Pinte o cabelo, mude de cor, mas não mude a sua essência. Retoque o batom, reforce os lápis nos olhos, mas não esqueça o que importa é o brilho no olhar. Invente novas combinações, use um sapato mais alto, mas lembre-se: ser grande não depende de altura. Sorria para quem merece, e para quem não merece sorria mais ainda, pois está é a única maneira de você ser sincero. Ofereça boas palavras, mas não poupe dizer a verdade, mesmo que vá doer. Não minta, diga “estou cansado”, se não estiver a fim de fazer. Saia, e divirta-se, dance ao ritmo da música, mas não esqueça de agradecer pelo que tem quando estiver sentado. Conte seus amigos nos dedos das mãos, e seus inimigos, guarde no coração. Esta é a única maneira de você ser verdadeiro. 

Existem coisas que ninguém pode explicar, e elas você também não precisa saber. Apenas sinta, viva intensamente, cada momento, porque se eles são seus, só seus, é porque você está aonde deveria estar, com quem merece ter, e sendo quem você escolheu ser. Caso não esteja feliz, escolha ser uma pessoa nova. Mas ah! Não, não perca a sua essência. Nem o brilho no olhar. Nem o sorriso… E assim vai.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

C. F. A citou que:




   Agora não da mesmo pra ser feliz, é impossível. Mas quem disse que a gente precisa ser sempre feliz? Isso é bobagem. Como Vinícius cantou "é melhor viver do que ser feliz". Porque, pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, mas que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, dói demais. Mas passa. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar. 
                                                                                                                                  Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

the wrong man


Posso dizer com convicção que não acredito nesta história de cara certo, tampa da panela ou alma gêmea. Se existe apenas uma pessoa para cada pessoa neste mundo, estamos fritas, até porque a quantidade de mulheres em comparação a quantidade de homens, é de fazer chorar. Gosto de pensar que ainda há esperanças para mim. No entanto, ouso dizer quase com a mesma convicção, que existem muitos caras errados por ai, inimigo-gêmeo, tampa torta ou chinelo velho quebrado. Sabe aquela pessoa que não serve para você, mas por algum motivo você continua tentando? Deve ser coisa de mulher, afinal, andamos por ai mancando, com os dedos tortos e os pés cheios de bolha, por causa de um sapato novo que não serve, mas que fica lindo no pé e nos recusamos a anunciar derrota. Quanto o assunto é homem então? Os sinais podem estar ali na cara, mas simplesmente decidimos fechar os olhos. 

Como quando um cara nos diz que não quer compromisso sério ou que gosta da situação… do jeito que esta, mas enfiamos na cabeça que somos lindas, sedutoras, a melhor chance que ele já teve em toda sua vida e obviamente ele vai acordar e perceber que ganhou na loteria. O problema é que ele nunca acorda e nos submetemos a situações humilhantes até admitirmos que aquele cara não servia não. Às vezes nem admitimos. Às vezes o que acontece é que ele acha seu encaixe perfeito e decide sair daquela situação que também não lhe servia. E você fica lá, com cara de pateta se perguntando o que deu errado… de novo.

sábado, 3 de novembro de 2012

The Life



   A vida é uma caixa de segredos
que não conseguimos abrir
Não há chave para a fechadura,
nem fechadura para a chave
A vida é um tesouro difícil de encontrar,
pois mapa não tem e as pistas esquecidas estão
A vida é um quarto bagunçado,
e quando procuramos algo,
não conseguimos achar
A vida é como uma pulseira,
e em cada pingente uma lembrança está
Na vida, tudo vem e tudo vai
Na vida somos cegos,
mas quando alguém nos dá a mão,
tornamos a ver
Na vida tudo passa,
não importa o que tu faças
Na vida não temos segunda chance,
é fazer certo ou errado e vive com a escolha
A vida é uma paixão duvidosa
que não sabe de quem gosta

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

spread smiles


E o mundo às vezes parece cruel demais, não é mesmo? Parece que não se importa e que só quer te fazer sofrer. Às vezes olhamos para o céu na esperança de achar uma resposta ou então, desejamos com toda a nossa força que alguém traga-nos um aviso bom. Às vezes parece que todos os nossos sonhos escorrem pelos nossos dedos como água corrente que desce pia abaixo. Pois bem, eu te afirmo com toda certeza que essas coisas fazem parte da vida. É como um aprendizado, porque os sofrimentos, querendo ou não, regem nossa vida. É como se precisássemos deles para nos tornar quem somos. É como se precisássemos de cada lágrima derramada pra que pudéssemos valorizar nosso sorriso. 

E quanto aos seus sonhos, bem, esses não escorrem ralo abaixo como se estivessem te abandonando. Esses ficam guardados esperando você conseguir força o suficiente para colocá-los em prática. Acredite nos seus sonhos e no seu potencial. Momentos tristes acontecem e é como eu sempre digo: nós sempre somos mais forte do que aparentamos ser. Sempre temos aquela dose extra de energia guardada, e mesmo que pareça que a sua está esgotada, saiba que ela não está. 

Se sentir vontade de chorar, chore. Mas ao fim, levante sua cabeça e seque suas lágrimas. Prometa a si mesma que isso não vai tornar a acontecer e que você é forte. Porque você sabe que é forte, muito forte. Coloque sua melhor roupa e vá ver que linda está a vida. Saia pra vê o quão felizes podemos ser apesar de tudo. Sabe esse belo sorriso que você tem? Sorria mesmo que o mundo implore para que você faça o contrário. Mostre-o para o mundo aí fora. Você consegue. É só tentar.

Era uma vez



Era uma vez
um sonho distante
Onde havia princesas
dragões, reis e rainhas
E existia uma princesa
sempre sonhadora
Ela queria viver aventuras, 
ser livre e sem limites
Por isso fugiu,
foi para outro mundo
E lá viveu a vida que sempre quis,
era feliz.
Só faltava uma coisa,
que nunca pensou que faria falta
Nada é perfeito.
Porque no mundo real,
não existem finais felizes. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Next chapter

Você pode dizer que sim, e quando falamos de amor, muitas coisas vão além da nossa compreensão. Casais desproporcionais tanto fisicamente quanto emocionalmente, estão ai para provar que os opostos se atraem e que o amor pode mesmo ser muito cego, ou burro ou sem lógica alguma. A pergunta é: até que ponto usamos esta desculpa para nos afundarmos em relacionamentos desastrosos? Digo isso por que é muito comum após o fim do namoro, pararmos um tempo para analisarmos em como a coisa toda se deu. Mais comum ainda é nos prostramos como vítimas repetindo o mantra: “Ele não era assim no começo, como pode uma pessoa mudar tanto?” Eu sei que no começo do namoro é tudo muito bom, tudo muito lindo, como diria Caetano e, ainda estamos jogando o jogo do “eu vou tentar impressionar você” e por algum tempo deixamos nossos comportamentos mais duvidosos debaixo do tapete. Só que é impossível fingir o tempo todo, vez ou outra algo sempre vem à tona e são nas pequenas atitudes que se encontram grandes surpresas. É clichê, mas é a pura verdade!
Como por exemplo, um dos mais comuns se quer saber, seu ex fala muito mal da ex namorada e você se sente nas nuvens achando que ela já é passado e finge não se dar conta de que ela se faz tão presente na relação quanto você. Só percebe quando ele resolve terminar com você e voltar para os braços dá, até então, megera. Daí você vai desperdiçar meses, lágrimas e ombros amigos tentando entender como pode alguém ser tão dissimulado a ponto de odiar com unhas e dentes a ex e voltar com ela. Mas o ódio foi ele que pintou. Pintou todos os dias com cores gritantes e você foi a única que não viu, aliás, não quis ver. Por que quando a gente superou alguém, ela deixa de ser assunto. Nem ódio, nem amor são exaltados. 
O mesmo vale para aquele cara que é um amor com você, mas trata mal a família, o garçom e o cara na fila do cinema. Hora ou outra ele vai te tratar do mesmo jeito e você vai acabar pensando: “Mas eu não entendo, ele era tão fofo!”. A fofura dele era proporcional a sua cegueira.
Então volto a questão: o amor é mesmo cego ou nós é que carregamos vendas em caso de urgência? Se você já sabe a resposta para esta pergunta, o mínimo que pode fazer é encarar o próximo término -não que eu esteja desejando o fim do seu namoro- com pouco mais de maturidade. Assim, quando estiver próxima de uma cegueira momentânea, você pode fazer uso das suas lentes de contato!

"Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não aguenta o fato de estar sozinho" - Caio Fernando Abreu

Wonderland



   A vida é um ciclo. Nascemos, vivemos e morremos. A parte mais difícil é viver. Simplesmente te jogam nesse mundo, sem instruções nem manual. Vamos aprendendo aos poucos. Acertos; erros; imperfeições.
   Não existe ser vivo mais imperfeito que um humano. Matamos, roubamos e culpamos outra pessoa. A culpa nunca é de ninguém. Durante nossa vida vamos aprendendo a sobreviver, e não é fácil. Há aquelas pessoas que chegam e ficam, assim como há as que logo vão embora. Algumas pessoas viram nossas melhores amigas, outras, nossas piores inimigas. Tudo faz parte de uma jornada. Algumas vezes, cansamos, queremos desistir.
   Todos têm uma terra do nunca, um país das maravilhas. É lá que se pode fazer o que quisermos, sem medo de sermos felizes. Sem ninguém nos culpando. Todos merecem um final feliz

terça-feira, 30 de outubro de 2012

same mistakes


A maior ironia da vida é como as lembranças permanecem em nossa memória. As ruins sempre perdem sua força conforme o tempo segue, mas as boas não. As boas permanecem dando o mesmo frio na barriga como se estivessem frescas na memória, independente do tempo que se passou. É irônico porque dizemos que os momentos bons não serão esquecidos, como se tivéssemos escolha, quando na verdade não serão esquecidos pela nossa própria natureza. Talvez então isso seja justamente um boicote da vida contra ela mesma. Não aprendemos com as experiências boas, elas são apenas consequências do que as ruins nos ensinaram. Sendo assim, como tirar aprendizado de experiências já esquecidas ou amenizadas, enquanto as boas, aquelas que nos levaram justamente ao erro, ainda se mantém latente na memória?
É difícil ser bom o tempo todo. É difícil porque quando a vida te soca a cara, a vontade é socar de volta. É difícil porque certas pessoas e situações nos instigam sempre a seguir pelo caminho errado. Aquele com lobo mal e falsos atalhos. Aquele que toda mãe recomendaria nunca seguir. E seguimos porque a esperança de que o caminho esteja diferente nos cega. A esperança de que o fim da estrada traga o pote de ouro é irresistível demais para ser abandonada. E por mais que aquele caminho já tenha sido percorrido inúmeras vezes e sempre tenha terminado num enorme e inescalável muro de tijolos, a nossa memória fraca das experiências ruins, faz com que pensemos que não fora tão ruim assim, e então a dor de bater o nariz na parede mais uma vez dói como se tivesse sido a primeira.
Não há maior sensação de fracasso do que ver o mesmo erro sendo cometido outra, outra, outra e outra vez. É vergonhoso, é triste, é deprimente e é humano. Mas quem quer ser humano na hora da dor? Porque não se pode virar super herói enquanto a vida bate forte? As verdadeiras grandes responsabilidades não são destinadas aos super heróis, elas são jogadas em colos humanos sempre fadados ao fracasso, ao erro, a vergonha de si mesmo e a todas as tentativas que esse mesmo se permitir.
Ser herói é fácil, gozar de toda a glória da perfeição sem esforços não é o que eu chamaria de responsabilidade. Difícil é ser humano, é nascer com inúmeros defeitos e saber que se morre com muito mais.